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11 março 2011

Silêncio Conveniente

Mais um carnaval chegou ao fim. Esse foi mais especial para mim por ter sido o de número 30 que participei. Depois de tantos anos comandando trios, tenho a preocupação de que, se nada for feito, o modelo que transformou nosso carnaval na maior festa do planeta pode estar com os seus dias contados.

O carnaval que se encerrou em Salvador perdeu totalmente o sentido que o transformou em uma manifestação popular de alcance internacional. O elemento mais importante da festa, até hoje, sempre foi o folião de rua. Por essa razão, Salvador passou a ser desejada, dentre outros motivos, por possuir um fantástico carnaval de rua.

O que vi de cima do trio esse ano, foi mais uma festa indiscutivelmente grandiosa, comandada por grandes artistas de diversos estilos musicais, que movimentou economicamente a cidade, mas com cada vez menos apelo popular.

Só posso falar do circuito Barra/Ondina, que é o que tenho desfilado nos últimos dez anos. O que aconteceu por lá, no meu entender, passou do limite do que se possa chamar de razoável. Engarrafamentos e atrasos não são uma novidade dos dias atuais, eles sempre existiram. Esse foi, inclusive, o motivo do surgimento, no passado, de uma fila que, até hoje, ordena o desfile dos blocos.

Há alguns anos se fala que o carnaval de Salvador está privatizado pelos blocos. A minha opinião sempre foi divergente. Vejo os blocos como os grandes responsáveis pelo surgimento dos artistas que levaram a música das ruas de Salvador para o mundo. Nenhum de nós conseguiria chegar aonde chegou sem o apoio deles. Portanto, mesmo sabendo que muitos pensam diferente de mim, não acho os blocos de trio os vilões dessa história. Ainda defendo que continuam sendo fundamentais.

Para mim, o que hoje determina a desconfiguração do nosso carnaval é a dinâmica imposta à festa pela evolução dos camarotes. No desfile deste ano, apesar de algumas quebras de trios, a relação artista / camarote, foi a maior responsável pelo monumental atraso ocorrido. Ressalto que não sou contra a existência de camarotes, muito pelo contrário. Há 10 anos exploro um espaço aonde monto um. Esse ano funcionou lá o de minha amiga Claudia Leitte. Discordo é da maneira como eles estão interferindo na festa.

Atualmente, cada vez mais artistas se tornam donos ou parceiros de algum camarote. Até aí nada de errado, se esses espaços fizessem parte da festa de rua como uma opção para quem preferisse curtir com todos os confortos que eles oferecem.

Hoje, o fluxo do desfile está sendo ditado não mais pelos foliões das ruas. Cada artista, ao chegar em frente ao seu camarote, passa a fazer um show, quase que exclusivo, para os que lá estão, como se nada mais no circuito importasse. Alguns deles contam hoje com passarelas que transportam as atrações para dentro, onde as apresentações são feitas, sem levar em conta quem está nas ruas.

Fico me perguntando o que passa na cabeça de um folião que pagou por um abadá, é obrigado a ver o trio parar e esperar que o show exclusivo para o camarote aconteça. O grande barato de um trio elétrico é o fato dele ter rodas e acho que o que leva alguém a sair em um bloco é poder comprovar que atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu. Um trio parado vira uma coisa sem a menor graça.

Imagino também o que pensa o folião pipoca que, atualmente, no circuito Barra / Ondina passou a não ter a menor importância. Se no camarote tiver gente, já basta.

O comportamento de meus amigos e colegas com relação a isso me preocupa. Apesar do atraso prejudicar a maioria, sinto um certo silêncio conveniente que me incomoda.

Esse ano teve apresentação exclusiva que durou quase uma hora. Acho inconcebível um trio elétrico parado por tanto tempo em um circuito que é para ser feito com ele andando. Enquanto uma minoria usufrui daquele momento, por vezes ocupado por discursos vazios e rasgações de seda sem a menor importância, milhares de pessoas ficam reféns da boa vontade de alguns que esqueceram que o carnaval de Salvador é uma festa de rua e deve ser feita prioritariamente para quem lá está.

A trilha sonora do carnaval já não saiu mais só das ruas. Os trios competem hoje com o som vindo de palcos montados em camarotes, o que aumenta o caos sonoro. Seria muito bom se os desfiles voltassem a ser feitos para todos. Para os foliões que pagam abadás, para o pessoal que fica na pipoca e para as pessoas que queiram assistir a festa de camarotes, varandas ou janelas. Os artistas que quiserem dar um “plus” a mais aos clientes dos seus camarotes, que acabem o desfile e voltem para lá. Aí sim, em um espaço privado, façam um show somente para quem estiver dentro. Outra alternativa é trocar o desfile da rua por shows em seus camarotes. O que não pode continuar a acontecer é a rua ser transformada em trampolim para apresentações dirigidas a uma minoria, sob pena de, nós, artistas que fomos fundamentais para tornar nossa festa tão cobiçada, sermos transformados nos verdadeiros vilões.

Sei que posso ser mal interpretado por alguns, mas nunca deixei de manifestar meus pensamentos. Não me excluo do problema. Muitas vezes, de cima do trio, me peguei cantando somente para o lado onde estão os camarotes. Apenas quero provocar na cabeça das pessoas uma reflexão. Já ficarei satisfeito se, no próximo ano, pelo menos algum artista, ao passar em frente a um camarote, lembrar que atrás do trio dele vem uma multidão que quer seguir em frente. Se nada for feito, correremos o risco de ouvir os nossos foliões dizerem os versos de um dos inúmeros sucessos do chicletão: “a fila andou, eu te falei, não deu valor, como eu te amei, agora chora, você já me perdeu, tou fora!!!”

Que venha 2012!

Ricardo Chaves

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112 Respostas

  1. Aldo

    Quando eu for Prefeito, proibirei camarote, que é a antítese do carnaval. A festa de povo, miscigenação e igualdade simplesmente se fecha em guetos privados. Massagem, sushi e internet não combinam com carnaval. O que se está vendo é a paulistização do carnaval.

  2. Cristiano

    Sábias palavras, RC.

    Discordo só de uma pessoa que comentou sobre a parada de Daniela. Ela anda bem durante o percurso, mas pára em frente o camarote dela. Mas em momento algum vi se formar fila atrás dela enquanto ela se apresentava perante o camarote.

  3. Lais

    Acredito que, assim como eu, muitos estão imensamente agradecidos pela coragem que teve de tocar em um assunto que está aí pra quem quiser ver, mas é ignorado, já que o lucro fala mais alto! A pipoca concentrada em ondina leva mais desvantagem ainda…onde já se viu esperar mais de uma hora entre um trio e outro?! Haja disposição…o que nos resta é ficar ouvindo o som que vem dos camarotes, que por sinal, o Camarote do Nana esse ano contratou uma mulher que se diz cantora, que pelo amor de Deus…(ai meus ouvidos)…mas enfim, pagantes ou não, se é pra ser uma festa popular, direitos iguais, não?! Estou contigo…

  4. Bruno

    Vc estámais que certo nas palavras.

    Vivemos num mundo capitalista, onde não devemos deixar oportunidades, mas os artistas do axé esqueceram, e vejo como "cuspir no prato q comeu" é não dar valor a "pipoca" pois chiclete, asa e cia limitada só conseguiram chegar por causa do folião da rua… resultado está ai: movimento do pagode cada vez crescendo e ganhando "música do carnaval". Pergunte aos jovens hj abaixo de 20, 18 anos o q preferem e o q mais escutam…

  5. Folião e Cant

    Puts! Depois de um texto desses, não há muito o que se falar, só agir. E por mais que se queira discordar de alguns pontos, a verdade está explícita e escancarada para quem quiser, bastar passar um dia na folia de Salvador. É preciso mudar. Carnaval de rua é pra ser feito na rua, trio foi para andar e ser seguido pelas multidões. Camarotes? São muito bem-vindos, mas para curtir o breve momento de vários blocos. É preciso garantir a democracia também na alegria. A reflexão já é um exelente começo! PARABÉNS pelo texto claro, respeitoso e realista!

  6. Roberta Peleteiro

    Concordo com o que você falou, a muito tempo venho dizendo que os artistas estão esquecendo o povo e os foliões e estão fazendo festa só para os camarotes. Nesse ponto Daniela Mercury é rainha,como alguém fica parada 40minutos cantando em frente a um camarote? pois é Daniela conseguiu,e as transmissões da TV ficam prejudicadas pois as pessoas cansam de vê o mesmo artista parado,aí tem que chamar comercial,mostrar entrevista,passagem de um outro artista gravado…etc e tal enquanto isso os outros que estão esperando na fila são desrespeitados,esse ano não consegui te vê pela TV,pois não tive paciência de esperar, os artistas ficarem em média 30minutos próximo ao camarote da TV que eu assistia.

    Outra reclamação que tenho é em relação as músicas que não tem nada a vê com o carnaval de Salvador: Funk,música eletrônica,sertanejo…houve uma época que todos nós ficávamos sem isso é o carnaval E era ótimo. porque trazer esse tipo de bloco para cá? alguns podem até defender a diversidade musical coisa e tal,mas acho que tudo tem seu tempo,carnaval é carnaval.

    Passei o carnaval inteiro sem vê: Banda Chica Fé,Ricardo Chaves,Ninha,Tatau,Carla Visi,Luiz Caldas(só vi na 4ª de cinzas com Brown),Blocos afros(vi bem pouco)…justamente porque esse tipo de bloco que não faz parte do carnaval está ocupando esses espaços que são da música baiana.

    São João está chegando escuto sertanejo e forró quando chegar no mês certo,não suporto funk e aliás acho que aqui em Salvador as pessoas também não tem esse costume de ouvIr,música eletrônica, se quero ouvir vou a boate. Carnaval tem que ser música de trio(Samba,Pagode,axé) e era tão bom quando cada um defendia sua música,agora parece que o cantor "x" liga para cantora "y" e diz:

    -E aí qual a música você vai tocar mais?

    -ah,vou tocar a Da liga da Justiça

    e a música do carnaval acaba sendo essa música.

    nós temos artistas com anos de carreira, mesmo os mais novos como Aline no Cheiro já tem "n" músicas gravadas, pra quê tocar direto as músicas alheias? Como bem frizaram acima: se vou atrás de Ricardo quero ouvir Ricardo, se vou atrás da EVA porque quero ouvir a Banda tocar os novos e antigos sucessos da EVA,aliás A banda EVA foi uma das que não fizeram repertório combinado,foram antigos sucessos da música baiana,misturado com os velhos e novos da própria banda.

    …Esse é só um desabafo de uma solteropolitana que AMA o carnaval mais que nehuma outra festa nesse mundo. Temos a melhor música,a que une mais pessoas,a mais alegre,os melhores músicos e artistas do mundo,basta organização para que todos apareçam por igual.

    P.S: RICARDO AINDA ESTOU PROCURANDO O DVD AO VIVO NO CARNATAL AQUI EM SALVADOR MAS NÃO ENCONTREI. CASO ALGUÉM SAIBA AONDE EU POSSO ENCONTRAR PARA COMPRAR EU AGRADEÇO.

  7. Roberta Peleteiro

    Ah,já ia esquecendo…rsrsrs

    ainda temos que lembrar de alguns blocos que eram da Avenida e resolveram deixar a tradição do circuito para ir para a Barra,se não aguenta o circuito da Avenida fique apenas com a Barra,não leve blocos tradicionais do Campo Grande para lá.

    Seria legal se você retornasse para a Avenida leva o Bicho para lá 😉 tenho certeza que os foliões do bloco iam amar a ideia.

  8. Paulo Enrique

    Muito bem, concordo com tudo que foi escrito, os artitas tem que parar de dar exclusividade aos camarotes mesmo.Fico P…da vida com essas coisas, sem contar que o trio de apoio aproxima-se do trio principal e nos apertam bastante, quem está lá em cima não tá nem aí, parabéns RC, vamos divugar.

  9. Carteira

    O problema do Carnaval de Salvador é o mesmo da política, da medicina, da justiça… GENTE DE CABEÇA PEQUENA, EGOÍSTA. O senso de coletividade tá em extinção. Suas colocações são certíssimas, Andrezão também escreveu muito bem sobre a necessiadade de regulamentar, Dão prometeu escrever sobre o tema e tenho certeza que vem coisa boa por aí… Mas tem um detalhe, nós brasileiros estamos acostumados a não obedecer regras, a furar fila, a dar um jeitinho. Assim como na estrada onde o cara só anda a 80km se tiver radar e multa, no circuito tem que ter radar e multa.

    Fico feliz que esse tema esteja em evidência, e torço para que o assunto não caia no esquecimento quando o verão passar.

    Por iniciativas como essa você tá no carnaval há 30 anos, forte abraço.

  10. marcus de santana

    ricardo tem toda razão! sai este ano em 5 blocos e pude constatar tudo que ele escreveu. os artistas ficam muito tempo em frente aos camarotes e nem dao atenção ao foliao que pagou para estar com ele ali no bloco, simplesmente uma falta de respeito. muitos artistas baianos estao me decepcionando!

  11. Éder Ramos Si

    Ricardo,

    td bem? Pela primeira vez, apesar de não ser ninguém dentro do processo "Business" do carnaval de Salvador, assino com meu nome e sobrenome. Não discordo da existência de Camarotes nem de Blocos, aliás concordo plenamente que precisam artistas tirar o Lucro em cima da festa em proporção dos seus investimentos, porém desde criança amo o carnaval de SSa, mas esse ano me deu um vazio por ver pessoas esperando artistas e poucos deram atenção ao Público que na sua maioria defende todos os artistas baianos de qualquer critica. O mais engraçado foram esses artistas passarem apáticos como se n mais quisessem fazer o carnaval de Salvador. Atrasos vi diversos e isso chateia quando sabemos que foi por conta de uma exclusividade mesquinhae não por conta de um pequeno acidente de trabalho.

    Portanto, termino parabenizando sua forma legitima e brilhante de escrever somado a elegância de colocar os grandes artistas no seu devido lugar que é na busca do seu maior cliente: O Povo. Abçs!

    Éder

  12. Rubro Negro

    Olá! Sendo Eu um cliente que paguei ou ganhei um Abadá, para me divertir com segurança durante o trajeto ter que compartilhar com "a babação de ovo do artista para com a impressa nacional" e seu show exclusivo para patrocinadores, simplesmente pego minha latinha com a cerveja "quente" e arremesso no "BABÃO" serei expulso do "circo" com maior prazer…

  13. Andréa Dantas

    Parabéns pelo discernimento e coragem para se indignar e se manifestar. Tava mais do que na hora de um nome de peso dar a cara a tapa e soltar o verbo contra esses absurdos que estão acontecendo já há um bom tempo no carnaval de Salvador. Doa a quem doer. Continue assim!

  14. Bira Natal/RN

    É muito importante o questionamento levantando, é inconcebível que foliões e artistas de outros blocos sejam sacrificados pelos caprichos de outros artitas em outros blocos, que sabe-se ($$$$$$) lá porque fazem isso, sem o menor respeito a quem está na avenida, deve sim ser refletido, mais ainda revisto estes procedimentos com possíveis multas, este que deveria ser um carnaval popular, já vem perdendo estas características a alguns anos e a cada ano só piora, além disso como pode um camarote não parar a banda no momento que o trio está passando?? É Inconcebível e é irresponsável. PARABENS PELO FELIZ COMENTÁRIO RICARDO… Deveríamos todos levantar esta bandeira….

  15. Adriano Oliveira

    Concordo com TUDO o que voce falou.

    Só gostaria de acrescentar….

    Eu tambem nao tenho nada contra os camarotes… só que um trio que para e se exibe num camarote atrasa todos que vem atrás dele….

    e como ficam os outros folioes ?

  16. Pingback : Impressões do carnaval de Salvador « Adalton dos Anjos| Comunicação²

  17. kakal

    incrvel o quanto Ricardo é a expressão do povo, não é a toa que ele é Reicardo chaves aqui e Natal, parabéns só você para descrever o que nós foliões,simples foliões sentimos quando somos maltratados e desrespeitados. Obrigada

  18. Luciana

    Oi, Ricardo! Parabéns pelo texto e pela entrevista na TVE.

    Aproveito pra dizer que sinto muita falta de uma participação maior sua no Carnaval. Sou da época do "É o bicho, é o bicho! Vou te devorar…"! rsrsrs

    Enfim, concordo com tudo o que você disse. Entendo a necessidade dos camarotes. meus pais gostam de carnaval, mas já passaram dos 60. Imagina a pauleira de ir atrás de um bloco ou de enfrentar a pipoca depois de uma certa idade, né?

    Mas também considero um ABUSO essas paradas enromes que cada artista faz em frente aos camarotes. Eu estava na Timbalada, que não é um bloco que para pra fazer showzinho ou pra puxar saco de ninguém, mas o percurso durou mais ou menos 07 horas por conta das tais paradas que os outros artistas faziam na nossa frente! Ótimo pra mim, que pulei muito, mas coitado do artista, que ainda cantaria por dias e dias. E coitados também todos os que estavam atrás. O carnaval de Salvador sempre foi de rua, o povo é a melhor parte do nosso carnaval. E justamente o povo está sendo deixado de fora da festa porque os artistas só cantam virados pra o lado dos camarotes, e até entram nos camarotes pra fazer showzinhos! Também sou foliã fiel do EVA. Todo ano estou lá. E acho que Saulinho é o exemplo perfeito de como cumprimentar a todos sem puxar o saco e sem longas paradas. Saulo realmente canta para o seu bloco e pro folião pipoca. É só prestar atenção à festa que ele faz em frente ao Beco do Eva! Sem falar no espetáculo que foi a Pipoca do Eva esse ano, na terça-feira sem as cordas.

    Espero que muita gente tenha acesso a esse seu texto.

    Um beijão.

  19. Rafael Oliveira

    Fantástico o texto. Só complemento que tudo isso ainda impacta em repertório. Fui dois dias no Asa, em cada camarote famoso com mídia (sbt, terra, itapuã, you tube, band, etc) ele tocava quebraê e reiciclavel. Sei que é a musica que agita, e é a mais conhecida de quem tá nos camarotes e em casa, mas para quem pagou caro e tá no bloco, escutar 6/7 vezes quebraê por dia, não tem como. Desse jeito vale mais a pena ir para Fortal e Carnatal do que carnaval de SSA. Assino embaixo.

  20. Ricardo Saraiva

    Ricardo, parabéns pelo texto que expressa muito bem o que aconteceu no carnaval deste ano, fui este ano pela primeira vez ao carnaval de Salvador e várias vezes fiquei incomodado com as paradas dos trios em frente aos camarotes. Espero que os responsáveis por essa belíssima festa tomem providências. Abraço e sucesso sempre!

  21. Jeremías

    Esse ano foi minha primeira vez no carnaval de salvador (sou Argentino) e fiquei mesmo impactado com o tempo que ficaba Daniela Mercury no camarote Contigo. Voce nao foi o unico que falou disso, Harmonia do Samba na segunda-feira (a gente estava sentada aguardando a saida do Bicho) y a banda Armandinho, Dodo e Osmar disseram quase a mesma coisa. Acredito, como voce, que o Carnaval de Rua mesmo deve ser feito NA RUA.

    A gente se ve no 2012 no Bicho!

  22. juan brusau

    Prezado Ricardo: por primeira vez pulei o carnaval de salvador junto com meu filho. sou argentino y viajei pra la para participar da festa, logicamente como sou da velha guarda (59) sai com seu bloco bicho na segunda y devo concordar com vc. o carnaval este ano ficou chato com toda esa demora, olha que eu fui com bloco todos os dias e cosegui o camaronte de praieros para dia sabado y planeta band para terca. Mais tudo isso so deu para asistir a um atraso intoleravel. Mostrei para meu filho esatamente isso que vc. diz O CARNAVAL E UMA FESTA PARA QUEM TEN DINHEIRO y lamentablemente tein artistas que fican muito felizes com isso y aindo o publican no seus sites mostrando con orgulho todo o tempo que estiveron parados frente a seus camarotes. PARABENS RICARDO vc. deu mesmo um espetaculo na barra y ainda lembro bem cuando a gente chegou a ondina com o ritmo de VAI LEVAR UM TEMPO AINDA PARA TE ESQUECER, y vai ser dificil mesmo.

  23. Hamilton Burd

    CONCORDO PLENAMENTE.

    Coincidentemente essa foi uma das reclamações que levei ao conhecimento do Joaquim Nery, da Central do Carnaval, por e-mail, hoje. O aperto dos blocos que sai : NANA, CAMALEÃO e VOA VOA e ocorrências com cordeiros e seguranças entre outras me incomodaram bastante a ponto de estar em dúvida da minha vigésima sétima participação seguida no carnaval de Salvador.

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