Relato de Fã – Victor Hugo – Guamaré

Eu acompanho a carreira de Ricardo Chaves desde o Carnatal de 1998. Pude em alguns momentos participar de shows/micaretas em cidades potiguares distante vários quilômetros de Natal ou até mesmo viajar até outro estado para vivenciar momentos de imensa alegria, prazer imensurável e sempre desfrutar de boas companhias de “fiéis seguidores”.

No Carnatal de 2010 por questões pessoais não saí no Bloco Bicho e a convite de um amigo acompanhei o evento do camarote particular dele. Não consigo descrever o quão frustrante foi não acompanhar RC após 13 anos e por isso prometi que não perderia a próxima micareta que houvesse oportunidade de ir.

Momentos que antecedem um encontro entre fã e ídolo são sempre recheados de ansiedade, perspectivas e emoção. Pelos fatos acima citados esses efeitos estavam potencializados em mim no Carnaval 2011 de Guamaré/ RN.

Acompanhei todos os dias do carnaval, mas focado no último dia. Dia que eu teria novamente contato direto com Ricardo Chaves. Dia que poderia novamente seguir atrás do trio-elétrico do meu ídolo. Guamaré teve um bom carnaval, mas nada comparado ao dia em que RC puxou o arrastão do bloco mela-mela. Vários foliões que acompanharam carnavais em outras cidades se debandaram para Guamaré. Paredões desde cedo tocavam músicas de RC. E a chuva que nas primeiras horas da manhã era torrencial foi embora a mando de São Pedro. São Pedro é gente boa e tem um acordo firmado com RC. No RN dia de show de Ricardo Chaves não chove!

Certa feita minha mãe me disse: “Filho, abadá não é roupa! Passou a micareta o abadá vai pra gaveta”! Queria muito que minha mãe estivesse viva e presente em Guamaré para ver o que o folião do Bicho sente pelo bloco e por RC. Centenas de foliões usando abadás do Bicho e ensandecidos aguardavam os primeiros acordes de RC gritando: “Hei, hei, hei, Ricardo é nosso rei”! Além de, mesmo com o trio desligado, cantar músicas dele.

Enfim, Guamaré não é Salvador, mas foi muito bom esse momento mágico na presença de um dos grandes ícones do carnaval baiano.

Victor Hugo